domingo, 15 de agosto de 2010

A história de Itajubá - Parte 1

Itajubá, no sul de Minas Gerais, é uma aprazível cidade rodeada de vegetação exuberante e cachoeiras que possui histórias fantásticas sobre o início da sua existência.

Essa história se inicia com o bandeirante Miguel Garcia de Almeida Cunha no período de 1703 a 1705, em suas explorações em busca de ouro. Com a nova descoberta, o povoado passou a ser chamado de Minas Novas de Itagybá que originou o arraial de Nossa Senhora de Soledade.

Em sua busca pelo ouro, o bandeirante atravessou a Serra da Mantiqueira na altura do município de Passa Quatro, desviando para a esquerda na direção do Planalto do Capivari, onde descobriu pequenas lavras de ouro e decidiu fixar-se com sua família.

Com essa descoberta, originou-se então atividades mineradoras na exploração de ouro e pedras preciosas. Com o tempo o garimpo foi escasseando e Miguel resolveu retirar-se com sua família.

No final de 1818, chegou à região o Padre Lourenço da Costa Moreira para exercer a função de vigário, nomeado por Dom João VI, um ano após a morte do paróco Joaquim José Ferreira no arraial de Nossa Senhora da Soledade do Itagybá. O vigário chegou com sua mulher Dona Inês de Castro Silva e dos filhos Domiciniano de cinco e Delmina de dois anos acompanhados de suas mucamas e escravos.

Depois de dois meses, vendo que o povoado não era favorável, o Padre Lourenço aproveitou a tribuna sagrada para convencer seus fiéis a saírem dali. Ele queria um local mais aprazível e convenceu-os a descerem a serra à procura de um lugar no qual pudessem fixar a sede da capela que continuaria se chamando Nossa Senhora da Soledade.

A cascata histórica, que deu nome a Itagybá, fica hoje no território de Delfim Moreira a meio quilômetro do centro e de sua igreja Matriz. Existem duas versões para o significado do nome Tupi Itagybá. Um deles seria: "rio das pedras que caem do alto" ou seja, cachoeiras e cascatas e o outro significaria pedra amarela ou ouro, itá: pedra e yuba: amarela.